terça-feira, 30 de setembro de 2008

Deitando no Divã - Ansiedade

O que fazer quando um sentimento nos deixa inquietas? Um sentimento daqueles que nos faz devorar chocolates, balançar o pé ininterruptamente, roer unhas, arrancar as pontas duplas do cabelo, andar de um lado para o outro... e ter a angustia da espera.

Uma leitora recorreu ao Divã para pedir nossos pitecos sobre essa sensação. Relatemos o caso:

Oi oi pessoas!!!
Então, num momento de quase total desespero, venho contar o meu causo.
Não sei se vcs estão tratando só de questões amorosas [não recordo dos
outros no momento], mas o meu problema é a ansiedade. E isso atrapalha
em tudo, lógico! A ansiedade me fez ficar mais "destemida", ou, na
verdade, me deixou mais impulsiva e acabo deixando os joguinhos da
sedução de lado e digo logo a que vim. Por um lado isso é bom, eu sei,
mas sempre assusta... Meu caso de ansiedade esses dias nem tem sido
questão do "coração", mas sim por excesso de coisas pra fazer. Essa tal
de era da informação tá me dando um trabalho do caramba!!! Sempre com
muito a fazer e pouco tempo ou habilidade pra administrar o mesmo.
Aí eu pergunto: como eu me livro da ansiedade absurda?? Qdo eu tou em
crise assim, desconto tudo na comida, e no sono. Não consigo me
concentrar e fico logo noiada e sem ânimo.
Brigadinha, people!


Primeiramente , o caso foi parcialmente discutido na sexta-feira, Anna e Marie encontraram-se e apontaram alguns itens interessantes pra você tentar controlar isso, até porque somos vítimas da ansiedade e tentamos desenvolver algumas técnicas pra “dominá-la” hohoho. E depois o Sr. Andreas meteu (ui) como sempre (uiii) o bedelho na conversa...

- pode parecer besteira, mas funciona. Ter uma agenda e organizar os afazeres, anotar tudo dá uma sensação de domínio sobre o tempo. Ainda que não consiga cumprir tudo, ou que tenha que apagar determinadas tarefas, ou ainda que prefira não usar agenda... um caderno, um bloquinho ajudam muito! Ao terminar uma tarefa, risque do lugar onde anotou; proporciona uma sensação de alívio por ter conseguido dar conta de determinada coisa e o nível de cobranças (internas, principalmente) baixa. Além do que se uma tarefa é esquecida, o pânico se alastra para todas as outras tarefas!

- conseguindo uma “organização” pela agenda, um segundo passo seria saber dar umas pausas nas leituras, estudos, etc. Assim, coisa de 10 minutos, pra ouvir uma música, ler um gibi (por que não?!), pintar, desenhar, fazer um carinho no cachorro, mandar uma sms pro pretê, olhar pro teto, qualquer coisa... por mais determinadas que estivermos, temos que saber parar alguns momentos.

- no quesito “comida” vale tentar fazer algumas substituições: ao invés de apelar pra doces coloridos e mega-calórcos, uma gelatina, que quase não engorda e você pode comer bastaaaaaante!
Bom, é um exercício interessante comprar uma caixa de bombons e deixá-la no seu quarto, tentando comer um ou dois por dia; conseguir isso é conseguir domar a ansiedade e sua via de escape, que é na comilança (apesar de ser algo meio difícil, a sensação de conseguir manter um ritmo e controle é ótima).

- pra cada vez que você perceber que se controlou, agiu de forma menos impulsiva e tals, se dê um presente, nem que seja um auto-elogio, um brinco, alguma coisa que simbolize uma vitória.

- o sono é bom, mas em excesso a gente deve ficar esperto. Porque pode ser uma forma de evitar o dia-a-dia tão temido. Pode dormir, mas estabeleça que a cochilada da tarde deve durar X horas e não se estender até a hora em que der vontade de levantar; use o bom e velho despertador e nada de recorrer ao “recurso soneca”. Dormir é ótimo, mas um sono bem dosado, não aquele sono-fuga nem aquele que temos por desânimo e coisas do tipo.

- às vezes a ansiedade pra que as coisas aconteçam acaba nos paralisando; às vezes vamos ao outro extremo, e saímos fazendo tudo conforme dá vontade, na louca, sem pensar nem um pouquinho. É bom, antes de falar, saber o que se vai falar, não simplesmente ficar naquela logorréia ou gaguejando; pra isso é uma dica escrever aquilo que se quer transmitir, organizar bem as idéias antes de falar serve de boa estratégia. Também, antes de sair dando piti ou falando poucas e boas pra alguém, pense, mas pense muito e com carinho, pra ter uma visão realista da coisa e não fazer uma intervenção errada (e bizarra) na vida de outra pessoa.

- outra forma de ajudar a controlar a ansiedade é dar o verdadeiro valor às coisas. Como assim? Simples: dar banho no cachorro é tão importante quanto estudar para aquela prova? Então se der menos atenção a um problema pequeno pode-se ajudar a evitar o estresse. Qual pode ser deixado para depois, ou quem sabe, delegado para outra pessoa? Delegar funções é característica de um bom líder!

- Pra ajudar no controle da ansiedade, você pode “testar” a verdade daquilo que nos angustia. Por exemplo, as vezes só o fato de saber que pode entrar um tanto de serviço, nos deixa já uma pilha, ou então imaginar que o nosso pretê vai reclamar disso ou daquilo, ou então que a empregada vai faltar amanhã e a sua tia vai chegar na semana seguinte com seus 7 primos malas... mas peraí... isso vai acontecer mesmo? Será que as coisas não vão mudar, o pretê não achou nada disso, o serviço não vingará e a tia decidiu ir pro Marrocos? Então nada de ansiedade por coisas que não são ainda concretas.

- a ansiedade no amor pode ser diminuída com exposições homeopáticas ao pretê. Explico. Assim como o exemplo do bombom, de comer um por dia e se sentir controlada, o mesmo pode ser com um “ah, hoje só darei um oi e um oi somente!”. Controle, afinal.

- É importante também não ficar imaginando a reação do outro... Não imagine o que seu chefe vai falar do trabalho que você está fazendo, não faça diálogos consigo mesma tentando saber qual vai ser a resposta do pretê e nem pense no q sua mãe vai dizer quando você sair com aquela mini-saia escandalosa... porque toda essa imaginação fica gerando angustia e ansiedade do que virá dos outros... então faça e deixa que a reação venha.

PS. Pra quem quiser participar dessa coluna e contribuir para o Divã, e nós do Divã tentarmos ajudar você também, envie seu caso/história/dúvida/angústia para nós no e-mail divarosachoque@gmail.com e nós analisaremos e postaremos assim que possível!! sempre sem idenficicação e sem expor alguém, mais detalhes veja mais sobre nossa coluna DEITANDO NO DIVÃ.


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segunda-feira, 29 de setembro de 2008

ops...! Namorado errado

Alguém aí já teve a impressão de ter namorado o irmão errado? É, você num almoço pra conhecer a família do rapaz e... meu, o irmão dele é a versão melhorada do seu bofe! Cruzes! E quanto mais vai conhecendo o irmão, mais "mais" que o outro (hahaha, o "bofe" já foi promovido a meramente "outro") ele parece.
Tem as variantes como foi meu caso. Eu namorei o integrante errado da banda. Mas por que não o vocalista? Mais inteligente, agradável, maduro...
Isso geralmente ocorre no começo da relação, quando há muito espaço para dúvidas e traçamos vários comparativos pra ver se o enrosco vale a pena... aí comparamos com os ex, comparamos com os outros diversos affairs e quando passamos a confrontá-lo com caras mais próximos, temos a tal surpresa... eu namoro o cara errado!
Outra variante é a "desmistificação do namorado". Proque no começo a gente projeta, ele é tudo! Mas depois algumas coisas vão se mostrando...
Descobri que um cara era clone do melhor amigo dele. Clone não, era uma cópia pirada, com cd verde ainda. Eles gostavam das mesmíssimas coisas, mas quem manjava mesmo era o amigo. O amigo falava sobre tal diretor, tal música e ele repetia. O amigo descobria uma banda fodona e ele se deslimbrava. Ele era, na verdade, o papagaio do pirata.
Ah, eu devia ter namorado o amigo, ah devia...

sexta-feira, 26 de setembro de 2008

Taradas?

Todo mundo sabe que não há fato que passe batido pela afiadíssima língua de uma mulher. Todo mundo também sabe que em matéria de “pessoas observadoras”, só perdemos para alguns amigos gays perfeccionistas. Portanto, Merleau-Ponty fica no chinelo quando uma mulher observa um fenômeno.
Há algum tempão atrás, quando bombaram filmes épicos ao estilo Tróia e 300, muitas rodinhas de garotas comentavam sobre as tais películas... com um olhar bem peculiar, digamos. Não, não era a análise da história, das lutas, dos litros e litros de sangue... nem mesmo a bravura de uns, as armas, nem as roupas... a gente falou foi do acúmulo de machos por metro-quadrado, das coxas e coxas e coxas. No caso de Tróia, falamos da bunda do Pitt também, qual o problema?! Uma amiga disse que seu sonho era bater nas 300 e tantas bundas debaixo daqueles saiotes. Eu disse que ajudaria! Hahhahaahhah
Qualquer desavisado que escutasse a conversa pensaria logo numa convenção de ninfomaníacas a perigo. Não é nada disso.
Assim como vocês, guys, falam, nós falamos. Da mesma maneira que vocês têm surtos de “mecânicos” e falam descaradamente sobre a apreciação fenomenológica das mulheres nós também vestimos o macacão azul e falamos. Muito. E olhamos com mil olhos maliciosos e tecemos longas conversas com risadinhas ou gargalhadas repletas de volúpia.
Saindo do cinema pra vida real, quando passa um bom bofe nós comentamos. E falamos sobre saliências e declives nas mais diversas configurações. E às vezes vocês nem percebem! Ou, quando percebem, rola aquela indignação.
Tá na hora de dar tchau ao madonismo e boas vindas ao direito de exercermos nossas habilidades mecânicas. Aliás, já passou da hora.

quinta-feira, 25 de setembro de 2008

Cavalos ou cavalheiros?

(Por Anna O. & Andreas Ribeiro)

Hoje cedo discuti com meu honrado irmão cabeção. Tomávamos café na padaria... aquela coisa de pingado e pão com manteiga, mas as banquetas estavam todas ocupadas, então estávamos comendo em pé mesmo. Surge um lugar! Opa... o cabeção sentou e a irmã, mulher, com uma puta bolsa pesada ficou em pé.
- Vaza daí, ô maleducado!
- Nããão, vou sair por que? Peguei o lugar primeiro!
- Porque eu sou mulher, porra! E você tem que ter educação e nos dar lugar!

(o.k., admito que educação também não é o meu forte)

Eis que surge a idéia de um post! Argumento a favor de ganharmos lugar. E bebidas grátis. Não me sinto nem um pouco mal por um rapaz me dar lugar no ônibus. Nem por me pagar uma bebida. Nem por me pagar várias (porque ele não vai me embebedar fácil meeesmo!). Também não me incomodo de rachar a conta, é justo. Até a conta do motel.
Não me incomodo de puxarem cadeiras, ou abrirem a porta do carro. Ou abrirem a porta do carro com um enooorme guarda-chuva (ta certo, quem faz isso é manobrista de restaurante chique e olhe lá). Não me importo de ter preferência pra passar, na fila ou em qualquer coisa. Acontece que a gente estranha, desacostumamos com os cavalheirismos que deveriam ser habituais.
Dentre as tantas responsabilidades agregadas aquelas que já tínhamos desde os primórdios da humanidade, acabamos, junto com a independência (bem-vinda pra umas, mal vinda pra outras) nos tornando auto-suficientes e de certa forma acreditando que tais gentilezas masculinas seriam dispensáveis. Algumas sim, mas nem todas. Lógico que é batido dizer que a capacidade física deles é superior e blá blá blá, porque seria uma generalização sem nexo, uma vez que tem uma penca de garotas fortes por aí que dariam um piau em qualquer cara facin, facin. O caso é, às vezes a gente precisa. Ou por necessidade física (não suportar peso, situação desconfortável, etc), ou por necessidade emocional, uai. Emocional porque todo mundo sente essa necessidade de ser amado e cuidado, acolhido e de “ter alguém por nós”, sacam? Então os homens gentis dão aquela impressão de sermos especiais e protegidas (o segundo caso nem sempre é verdade, mas é uma sensação, ainda que passageira e superficial). Não tem como fazermos tuuuudo sozinhas, a independência tem um limite. Precisamos deles tanto quanto eles precisam de nós, só que cada pessoa tem sua medida do “precisar”.
Aí podem acontecer os famosos abusos....


Bom querida Anna, a primeira coisa que temos que pensar é que eu posso levantar pra uma amiga sentar, eu posso me levantar pra uma desconhecida sentar porém, a minha irmã??? Jamais!!! Irmã não é mulher, é irmã... e portanto a reclamação com o cabeção é uma luta contra moinhos de vento.

Agora o cavalheirismo, acho que ainda pode permanecer sim, abrir uma porta, puxar uma cadeira não torna a mulher subjugada e nem o homem um otário, porém querer começar a exigir coisas, preferências em filas de balada, entrada em locais que seriam restritos por um belo decote ou qualquer outro tipo de artimanha pra ter preferências, é sim um abuso. E nessas horas eu penso: cadê os direitos iguais? E a vontade das mulheres conquistarem o espaço que outrora fora totalmente masculino? Querem conquistar os espaços mas permanecer com as regalias? Assim é fácil!!
Aceitar uma bebida, não tem problema... o homem oferecer também não há nada demais, mas ficar fazendo charme só pra beber na conta de algum tonto que está babando por você, isso é muito abuso!
E por final, se vocês forem um casal, divisão das contas, né? Tenham dó! A não ser que uma das 2 partes esteja em uma situação difícil e tals, mas ae são particularidades, agora no momento atual, esperar sempre um cavalheiro pagante... é pedir não por um cavalo, mas por um jumento... haha

PELA NET: Barriga de Coxinha (tem meme)

Como hoje já é quinta e a dieta que você deve ter tentado começar na segunda-feira já foi customizada, re-elaborada ou atingiu a etapada da desistência, cá está o Divã a apresentar-lhes uma tentação.
Coxinha! Quem não gosta??? Quem nunca comeu? Daquela engordurada do botecão até aquela outra que custa uma facada na padaria chique... uma delícia!
Pois bem, eu vos apresento um achado na internet no ramo da coxinha... o blog Barriga de Coxinha!
(http://barrigadecoxinha.blogspot.com/)

Explico. A garota é praticamente uma antropóloga no campo da coxinha! Experimenta, avalia, dá nota, posta e recomenda.

PS: não passe vontade!

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Meme musical

Respondendo ao interessante meme musical passado pela Drêycka, do Another Toughts

1º Rita Lee, Agora só falta você

2º Los Hermanos, Último Romance
3º Alanis, You Learn

4º Madonna, Crazy

5º Siouxsie and the Banshees, Cities in Dust

6º Tom Jobim, Chega de Saudade e Luísa

7º Chico Buarque, Ela faz cinema


Repasso para:
Pret-à-porter
Sonhos, Livros e Rock and Roll

quarta-feira, 24 de setembro de 2008

Boy meets Girl


A história começa com o clichê favorito de 9 entre 10 romances americanos, mas mesmo assim, única nos olhos de quem contam. Garoto conhece garota, garoto se apaixona por garota. Enfim, vamos à parte que me interessa.
O rapaz se declara para a moça, diz que a ama, que basta que ela diga sim e ele faria o mundo dela se encher de cor como nunca. Ela? Ela ouve tudo, assume o sentimento, diz que é recíproco, que o ama, que imagina uma vida juntos com todos os lugares-comum dos apaixonados.
Nessa hora, a Marie que vos escreve já estava esperando o final feliz, ouvindo a história pela boca do rapaz da história, que é um grande amigo. Certo?
Bem, só que essa moça, pra finalizar aqui os clichês, diz ao meu amigo:
-E é exatamente por tanto te amar, que não posso ficar com você.
Peraí, anticlímax total, né? Explico:
A moça tinha planos de conquistar um mundo sozinha, sair do país, ao ponto que amar seria um desvio dessa rota. Amar seria assim, um espaço cercado por esse amigo, onde ela seria feliz com ele, mas sem ousar atravessar a cerca. Amar, assim, seria pedir pra um dos dois abrir mão de seus planos.
Enfim, resultado: Marie chocada, amigo com aquela ar de quem aprendeu uma lição, e moça fora do país. Odeio esse ar de pessoas que tiveram epifanias antes de mim, principalmente aqueles que respondem com um tom, misto de condescendência e superioridade, "na hora achei injusto, assim como você pensa agora, mas depois entendi, e você, querida Marie, vai entender também!"
Pois é. Entendi. Entrar de cabeça num relacionamento não deveria ser necessáriamente abrir mão de alguns planos, mas e se tivermos que abrir? Duro. Não sei se tomaria a mesma decisão da moça. Não sei se ela foi corajosa ou não. eu sei que se fosse eu, acho que não seria tão realista.

terça-feira, 23 de setembro de 2008

Paixonites (amor e projeção)

Bom, vou contar aqui uma historinha que vi no espetáculo quando o pessoal do Terça Insana veio aqui em minha cidade, o B do ABC. Algumas pessoas já ouviram minha versão mal-contada, mas lá vou eu de novo...

sabe aquelas coisas que tem quando você vai a um parque de diversões? Aquelas que você coloca a cara dentro e tira fotografias e sai nelas com corpo de cowboy, de Branca-de-neve... sabe (vide foto)? A personagem em questão, que era uma dona-de-casa, traçava um paralelo entre essa “coisa” (que eu não sei o nome) e o amor. Mais ou menos assim:

Quando estamos sozinhos começamos a pensar sobre como seria uma pessoa legal pra ficar conosco; imaginamos a característica, o jeitinho, do que ela deve gostar, o que deve gostar de fazer.... e assim, pensando, construímos essa moldura (igual ao troço citado acima), colocamos um pouco de expectativa, nossos desejos de que ele seja assim ou assado. E, quando aparece alguém, simplesmente enfiamos a cabeça da pessoa nessa moldura e mandamos ver. Tiramos até a foto! Bonito, né?

Sabem o nome do ato de construir toda essa moldura? Projeção! Conceito psicanalítico aplicado a muitas e muitas outras situações. Nessa, em especial, diz respeito às coisas que desejamos encontrar em uma pessoa, a cara pro nosso buraco (no bom sentido, claro!).
Às vezes, ao conhecermos uma pessoa e ficarmos ligeiramente encantados, achamos que fulaninho é inteligente, bem-educado e carinhoso. Também é fascinante, misterioso, bonitão... hmmmmmmm, é tudo o que sempre sonhamos!

Poxa, ele sabe falar alemão, e é alguma coisa que eu sempre quis fazer... ou, ele sabe tocar teclado e eu acho lindo, mas nunca me dispus a fazê-lo. Ele tem o senso de humor que eu sempre quis ter. Se eu fosse homem, me vestiria como ele.
Eis o primeiro tipo de projeção: “buscarás no outro aquilo que falta em ti”.
Não, não é errado. Não existe certo ou errado, só o que faz bem ou o que não faz bem. Passa a não ser legal somente quando você abre mão de buscar as coisas que anseia, deixando isso sempre a cargo do outro; aí você espera que ele seja o encantador, ele faça o que você gostaria de fazer...

A gente é tão parecido, sabe? Os mesmos gostos, as mesmas músicas, a gente lê as mesmas coisas! Até nos filmes, nos lugares em que a gente gosta de ir, é tudo tão idêntico, tão perfeito... parece que a gente vive em sincronia.
O.k., identificação é bom e eu gosto. Você também, até porque dá uma idéia de conhecimento de causa, de território seguro. É legal quando tem essa compatibilidade e vocês falam a mesma língua, mas péra lá... na medida em que você vive com a sua versão cueca a coisa começa a complicar. Primeiramente porque esse tipo de relação se configura com base no narcisismo e tem diversos caracteres infantis, uma vez que busca-se no outro algo que é nosso. Meio egocêntrico namorar consigo mesmo, é?

Ele é novo, sempre animado, bem-disposto... faz com que eu lembre da minha juventude, me sinta mais jovem ao lado dele.
Ta, isso é legal também. A gente tem uma suave regressão até nossa própria juventude, relembra, se sente mais vivo. Masssss... quando passamos a negar a nossa própria idade, a querer viver a vida do outro, hum, encrenca.

Ele é tão parecido com meu pai....
Ele é muito diferente do meu pai!
Tai, o tal do Édipo. Nas meninas, complexo de Electra. Numa tese que li sobre escolhas objetais, dois tipos de postura podem ser destacadas frente ao pai. 1. a escolha de um parceiro muito parecido com seu pai; 2. escolher alguém bem diferente do pai.
Isso é legal, pois também envolve identificação, familiaridade; o casal acredita-se ciente daquilo que pode fazer para atender às necessidades do outro, acha que sabe perfeitamente como cuidar do parceiro. Bom, nem sempre é assim... primeiro, porque ninguém tem saco pra agradar o outro o tempo todo (sejamos francos); segundo, porque sem sempre o que a gente acha que é suficiente e bom para o outro realmente o é....

Esses são só alguns exemplos de projeção nos relacionamentos. Bem dosada e até levemente consciente, dá um colorido muito bom ao envolvimento. Levada ao extremo, frustra profundamente.
Então vale a reflexão sobre quais elementos colocamos na moldura que construímos diariamente... se são impossíveis, fantasiosos ou necessários. Também vale considerarmos que a cabeça a ser enfiada no nosso buraco (o.k., sem duplo sentido) é de uma pessoa, um ser humano que evolui, muda e se transforma o tempo todo.

segunda-feira, 22 de setembro de 2008

Lipo-as Piração

Recebi este e-mail, e como vocês perceberão, está em nome de Herbert Viana, como nem sempre é confiável isso, sempre desconfio da autoria, mas o que importa de fato é a mensagem implícita na mensagem, ela está um pouco ligada ao que eu disse no post da Cultura da Magreza, mas também vai além, falando de outros valores sociais atuais que devem ser questionados. portanto, leiam e tirem suas conclusões.
PS. cliquem na imagem pra ler a mensagem com a foto igual me foi encaminhado por e-mail


Cirurgia de Lipoaspiração?

Pelo amor de Deus, eu não quero usar nada nem ninguém, nem falar do que não sei, nem procurar culpados, nem acusar ou apontar pessoas, mas ninguém está percebendo que toda essa busca insana pela estética ideal é muito menos lipo-as e muito mais piração?
Uma coisa é saúde outra é obsessão. O mundo pirou, enlouqueceu. Hoje, Deus é a auto imagem. Religião, é dieta. Fé, só na estética. Ritual é malhação.
Amor é cafona, sinceridade é careta, pudor é ridículo, sentimento é bobagem.
Gordura é pecado mortal. Ruga é contravenção. Roubar pode, envelhecer, não.Estria é caso de polícia. Celulite é falta de educação. Filho da puta bem sucedido é exemplo de sucesso.

A máxima moderna é uma só: pagando bem, que mal tem?
A sociedade consumidora, a que tem dinheiro, a que produz, não pensa em mais nada além da imagem, imagem, imagem. Imagem, estética, medidas, beleza. Nada mais importa. Não importam os sentimentos, não importa a cultura, a sabedoria, o relacionamento, a amizade, a ajuda, nada mais importa.
Não importa o outro, o coletivo. Jovens não têm mais fé, nem idealismo, nem posição política. Adultos perdem o senso em busca da juventude fabricada.
Ok, eu também quero me sentir bem, quero caber nas roupas, quero ficar legal, quero caminhar, correr, viver muito, ter uma aparência legal mas...
Uma sociedade de adolescentes anoréxicas e bulímicas, de jovens lipoaspirados, turbinados, aos vinte anos não é natural. Não é, não pode ser.Que as pessoas discutam o assunto. Que alguém acorde. Que o mundo mude.
Que eu me acalme, que o amor sobreviva.

“cuide bem do seu amor, seja ele quem for.”
Herbert Viana

sexta-feira, 19 de setembro de 2008

You are the dancing queen!

E aproveitando a crise americana, daremos uma canja aos gringos com nossa TRADUÇÃO CRETINA da vez. Aproveitando também o filme que ta fazendo sucesso, e meu surto de ouvir essa música e ficar bestialmente feliz... deixo vocês em companhia do ABBA, com a música Dancing Queen:


You can dance, you can jive
Having the time of your life
See that girl, watch that scene
Digging the Dancing Queen

Você pode dançar, você pode fofocar
Divertindo-se muito
Veja essa garota, assista essa dança
Conquiste a Rainha da Discoteca

Uau, ela está poderosa (osa, osa!) dançando, batendo cabelo e fofocando... é aquele dia em que saímos de casa sabendo que a força está em nós, nos sentindo bonitas e auto-confiantes (isso geralmente acontece depois de uma interminável TPM e períodos estendidos de zica)


Friday night and the lights are low
Looking out for the place to go
Where they play the right music
Getting in the swing
You come to look for a King

Noite de sexta-feira e as luzes estão fracas
Procurando um lugar para ir
Onde toquem a música perfeita
Entrando o balanço
Você vem procurar um Rei

E aí vai pra rua procurar o inferninho perfeito… o.k., mas nem só de dark room é feita a vida, então ela procura o lugar que tenha umas boas músicas e bons bofes! Onde ela encontra isso??? Em balada gay, off course!

Anybody could be that guy
Night is young and the music's high
With a bit of rock music, everything is fine
You're in the mood for a dance
And when you get the chance...

Qualquer um poderia ser este cara
A noite é uma criança e a música está alta
Com um toque do rock tudo fica bem
Você está a fim de dançar
E quando você consegue a chance...

Ou seja, qualquer bofe ta valendo pra flertar... e a guria se acabaaaaa na pista.

You are the Dancing Queen
Young and sweet, only seventeen
Dancing Queen
Feel the beat from the tambourine, oh yeah!

Você é a Rainha Da Discoteca
Jovem e meiga, só dezessete anos
Rainha da Discoteca
Sinta o ritmo do tamborim, oh sim!

Depois de uns bons gorós você realmente sente tamborins na sua cabeça (tamborins e zabumbas, tambores e as trombetas do apocalipse); ela ta bêbada com a auto-estima elevada... céus, isso é perigoso! Ela é a rainha da discoteca, requebrando, com vááários amigos gays gatcheeenhos gritando “poderooosaaaa” “lindaaaaaaa” ou, os mais sarcásticos “arrasa, mocréiaaaaa!”.

You can dance, you can jive
Having the time of your life
See that girl watch that scene
Digging the Dancing Queen

Você pode dançar, você pode fofocar
Divertindo-se muito
Veja essa garota, assista essa dança
Conquiste a Rainha da Discoteca

A essa altura mal no salto a bichinha se equilibra. O primeiro xaveco ela gama.
A purpurina dos olhos escorreu pro rosto... não, ela não é mais Dancing Queen, ela é uma Drag Queen!

You're a teaser, you turn them on
Leave them burning and then you're gone
Looking out for another, anyone will do
You're in the mood for a dance
And when you get the chance...

Você é uma provocadora, você os excita
Deixa-os em chamas e então vai embora
Procurando por outro , qualquer um aceitará
Você está a fim de dançar
E quando você tem a chance...

E lá vai a criatura, achando que abafa, que os bofes suspiiiiiram por ela enquanto eles reparam na sandália de tirinhas, no degradè do cabelo e no vestidinho brega da racha.

You are the Dancing Queen
Young and sweet, only seventeen
Dancing Queen
Feel the beat from the tambourine, oh yeah!

Você é a Rainha Da Discoteca
Jovem e meiga, só dezessete anos
Rainha da Discoteca
Sinta o ritmo do tamborim, oh sim!

E manda ver em tequila, rabo-de-galo, hi-fi e tudo mais o que jogam em suas mãos... sim, ai, os tamborins!

You can dance, you can jive
Having the time of your life
See that girl, watch that scene
Digging the Dancing Queen

Você pode dançar, você pode fofocar
Divertindo-se muito
Veja essa garota, assista essa dança
Conquiste a Rainha da Discoteca

Não, ela não pode mais dançar, caiu no chão antes da primeira gorfada... carreguem a Dancing Queen!


créditos: http://letras.terra.com.br/abba/86941/

Dancing Queen - ABBA

quinta-feira, 18 de setembro de 2008

Bolsas Gigantes

Vamos falar sobre bolsas! Não, nada relacionado à crise financeira dos EUA (bem feeeeeeito imperialismodemerdaaaa!), nada sobre a bolsa de valores... vamos falar das nossas fiéis companheiras, as BOLSAS!
Como boa olheira de vitrines, reparei que de um ano pra cá, as bolsas tem inflado. Na verdade, aumentado consideravelmente de tamanho! Se antes tínhamos que carregar coisas em bolsinhas extras, sacolas ou pastas, hoje cabe tudo, absolutamente TUDO na bolsa. Pra termos uma idéia, algumas têm capacidade pra suportar dentro um filhote de labrador e uma nécessaire (é, eu já testei). Em outras tantas cabe um caderno universitário, dois livros, estojo, nécessaire, carteira e celular. Testes realizados por amigas ainda afirmam que pode-se substituir um dos livros por um par de sapatos. Até o terrível guarda-chuva (quase) sempre cabe! Incrível!
O problema é que, na empolgação de que “cabe tuuuudo o que eu preciso nela”, acabamos exagerando... e a bolsa gigante se torna insuficiente. Como o caracol que carrega a casa nas costas, vamos nós, carregando milhões de itens desnecessários e de pouca utilização em nossas enormes bolsas. Quando nos damos conta, ela pesa 6 kg e o forro está rasgando... chegou a hora da limpeza.
Ao menos que você tenha TOC ou seja super-organizada, vai perceber que sua amada bolsa imensa é quase um buraco-negro! Aspirou tuuuudo pra dentro dela! Tudo! E aí ocorrem sessões de nostalgia com prendedores de cabelo há muito desaparecidos, ou então nojo dos papéis de bala, grudentos e fios de cabelo perdidos. Dói o coração, mas tombamos a bolsa e sacudimos até cair TUDO o que tinha dentro dela.
E aí, temos que escolher o que é realmente necessário levar. Carteira, celular... espelhinho, sim. Podemos considerar a nécessaire como um item só, sem esquecer das milhões de coisinhas que existem nela, e colocarmos a bonita novamente na bolsa; ou podemos nos dar ao trabalho de analisar alguns itens dispensáveis dela também, como sombras espalhafatosas que só usaremos num concurso de drag, aquele rímel bem caro que promete te deixar com os cílios do Bambi (mas não deixa!), o delineador que deve ser aplicado com muito cuidado, dentre outras coisas. Chegou a hora do guarda-chuva. Levo ou não levo? São Paulo é imprevisível, mas às vezes resolvemos contar com a sorte e trocarmos a sombrinha por... hmmm... um par de tênis, aquele cachecol colorido lindo, a agenda... e nos ferramos. É o karma, e chove quando fazemos essa escolha.
O que mais me assusta nessa moda, é a anti-moda das bolsas grandes: as minúsculas, que mais parecem um porta-moeda. Mas como não saio aderindo a qualquer coisa, vou continuar usando mega-bolsas mesmo que isso tudo vire uma imensa cafonice. Porque eu também carrego a casa nas costas...


Tirinha retirada daqui

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DANDO SELINHOS

ok, o título foi só pra encher mesmo. Ganhamos lindos selos (owwwnnnn)

Esse foi do blog Cheia de manha

repasso paraaaaa:

O Complexo de Carrie

Quase Trinta

S2 Engine



E esse outro da Tamy, do Número 37, repasso pras queridíssimas:

Bem Resolvida


Another Toughts

Be yourself or die



Bjus!


quarta-feira, 17 de setembro de 2008

Torcicolo no Amor? (Ciúmes)

Olhar pro lado, virando o pescoço pode dar dor de cabeça no relacionamento?
Antes que vocês pensem que o Andreas surtou de vez, foi só uma forma de começar a falar de algo extremamente complexo num relacionamento, não necessariamente só nos relacionamentos amorosos especificamente, mas será neles que focaremos... o CIÚME.

Acho que se têm muitos pontos de vista de abordar o mesmo tema, mas primeiro é pensar quais são os malefícios/benefícios desse tipo de sentimento?

Quem SENTE ciúmes: Tende a ser/ficar uma pessoa com mais angústias... pensando onde o outro está, o que faz, será que ele estava olhando mesmo praquela menina? Será que ele não está mentindo pra mim? E outras gamas de paranóias do tipo e isso pode ser muito autodestrutivo e negativamente significativo. Em contrapartida, você demonstrando isso, impõe certo “limite” para o parceiro, é uma forma de não transformar o relacionamento em um “oba-oba”.

Quem é ALVO dos ciúmes: Tende a ficar sempre na defensiva em relação ao parceiro, pode deixar de fazer coisas “ingênuas” que gostaria por medo de provocar o ciúme alheio. Só que também é uma forma de se sentir “amado”, dá uma confiança ao relacionamento e pode levantar um pouco a auto-estima.

Vendo assim, parece-me que é melhor ser alvo de ciúmes do que senti-lo, que não parece trazer nenhum benefício de fato, além desse de “controle”.
Então, ter ciúmes ou não? Até onde ele é válido e quais são os “limites”?

Acredito que um relacionamento desprovido de ciúmes é quase que impossível, por menos apreço que tenhamos por algo, sempre vamos sentir um leve incomodo por ver este algo (que no caso é a pessoa) em outras companhias, em outras mãos...

Eu tenho por experiência um relacionamento em que eu demonstrava (e sentia) muito pouco ciúme, o que a deixava extremamente incomodada, insegura e reagia “automaticamente” tentando me causar ciúme, o que era bem chato...
E do meu lado, vivia com uma pessoa ciumenta, que achava que qualquer atitude minha poderia ser uma tentativa de olhar/querer outra pessoa, desde possuir muitas amigas, como recados no Orkut, ligações no cel ou então uma mulher passando na rua que ela teimava em dizer que eu estava “secando”... minha reação era lhe contar o menos de coisas possíveis que poderiam lhe gerar ciúme, o que me deixava menos “sincero” e menos confortável de falar o que quisesse com ela.

Deve haver um limite no ciúme sentido e no demonstrado, pois quando você precisa fuçar na carteira/celular do namorado (a) as coisas deixam de ser algo “saudável”. Quando qualquer olhada pro lado se torna “uma secada” e todo amigo se torna alguém que quer lhe traçar, aí os limites podem estar indo para as cucuias (normalmente com o relacionamento junto).

Pra finalizar, acho que é sim algo saudável algum tipo de ciúme, mas bem pouco hehe, aquele em tom de brincadeira com um fundo de verdade... só pequenas demonstrações de vontade de ter a pessoa pra si... creio que ajuda, dá confiança e é uma “faísca para manter a chama acessa”. Mas quando ele é recorrente, rotineiro e se torna um limitador entre o casal e motivo de brigas e paranóias, aí ele está por fora...
PS. O título do post é só um gracejo em relação à aquela olhadinha pro lado virando o pescoço, que além de torcicolo, dará muita dor de cabeça hehehe

terça-feira, 16 de setembro de 2008

LEITURAS: A Solidão da Mulher Bem-Casada

Demorou, mas a coluna voltou à tona. Ou melhor, eu consegui largar minha mais nova paixão literária um pouquinho e terminar esse livro maravilhoso aqui. Ele foi recomendado por uma professora de Psicologia no meu primeiro ano de faculdade, quando falávamos sobre o desenvolvimento do ser humano, mais precisamente sobre o que acontece na fase adulta. Daí, entrando na questão das diferenças entre a vida do homem e da mulher nessa fase, ela citou o livro da Belkis Morgado. E lá vai um pouco sobre ele:

O início do livro explora aspectos históricos e sociais da mulher, designando-a como “um ser violentado”. Violentado pelos costumes, por abster-se de tomar as escolhas de sua vida, pelas circunstâncias, pelo que lhe é imposto e impede que ela se desenvolva plenamente como ser humano. Fala sobre a liberação dos costumes, a monogamia, o papel social que dela é esperado, a vida de mãe, esposa, avó, mulher solteira, de mulher... o propósito encoberto de toda a educação feminina. As cobranças, a identidade de mulher atrelada à função reprodutora. Fala sobre violência física, econômica e a violência da própria mulher contra a mulher. O segundo capítulo aborda os mitos femininos do século XX. Logo após, segue uma clara exploração dos diversos aspectos do casamento e uma conclusão que deixa os extremistas (como eu) no chinelo: “Acredito que este será o sentido do casamento do futuro: não a promiscuidade de novos e simultâneos relacionamentos, mas a procura de um crescimento conjunto em função da manutenção de cada membro do casal como indivíduos diferentes, mas ajustados pelo crescimento constante de cada um”. Animador, não? Mas a prática depende muito das condições do casal; isso engloba o comprometimento a dois, o respeito à individualidade, e não só com a manutenção de uma relação por conveniência ou comodismo.
Mas quem é a mulher bem-casada? Ora, mal-casada é a mulher com um companheiro que lhe deixa faltar alimento, condições básicas para a sobrevivência e desrespeitoso. Logo, a bem-casada é aquela que aparentemente não possui nenhum motivo para queixar-se: o marido não deixa faltar nada em casa, não bebe, não fuma, não é agressivo, é bom pai, etc, etc., mas...
“Meu marido é muito bom, não deixa faltar nada, chega a ser até pecado falar mal. Mas é tão distante! (...) Mas sabe? Sinto muita falta de carinho antes, depois... Às vezes penso que sou uma acompanhante de luxo (...) É até ingratidão reclamar de alguma coisa, tendo tudo, como tenho, mas às vezes tinha tanta vontade que fosse diferente”
“Ele acha ridículo quando peço para namorar um pouquinho, Nem peço mais. Mas, por favor, coloque aí que sou uma mulher bem-casada, meu casamento é ótimo, ta?”

E assim é a mulher bem-casada, que tem inúmeras cobranças em relação a um comportamento digno de esposa, que somatiza suas dores, que se satisfaz com os romances de novelas, porque são os únicos possíveis. Vale a pena a leitura e a reflexão.
Segue abaixo mais uma porrada de trechos, além dos já embutidos no meio do post:

“O mito da “mulher para um só homem” e da “natureza poligâmica do homem”, que também se origina no “madonismo”, permite que o adultério masculino seja socialmene aceito e o feminino punido com extremo rigor, às vezes até mesmo com a morte”.

“ser mulher, dentro de um conceito geral, significa ser feminina, virtuosa, trabalhadora, meiga, dócil (...) levando ao papel (...) de “rainha do lar”, o que significa uma jornada de trabalho que começa cedo pela manhã e termina altas horas da noite, lavando, cozinhando, costurando, levando crianças à escola, tomando lições dos filhos, sem direito a domingos, feriados ou dias santos (...), precisam estar bonitas, arrumadas e sempre dispostas a servir de “repouso do guerreiro” (...) que, este sim, chega cansado do trabalho”

“o discurso familiar é duplo – à maior participação opõe-se maior recato; à liberação sexual, o ideal de casar e ser mãe”

“a não-aceitação de papéis sociais predeterminados faz com que a mulher seja tachada de “louca””.

“Ser mal-amada, aliás, não é considerado uma conotação de falência masculina, mas como incapacidade básica da própria mulher (...), é mal-amada porque o outro mal a ama, não se importa com suas necessidades afetivas ou com suas carências”

“se pretende sentar-se sozinha em um bar, logo virá alguém violar sua privacidade, pois, no conceito masculino, “mulher sozinha na rua está procurando companhia””.

“para a grande maioria dos homens, a ignorância feminina e o não-questionamento significam castidade e pureza”.

“ o dar prazer à mulher ou ser capaz de conduzi-la a um ou mais orgasmos é o mais recente requisito do machismo; o homem se sente mais orgulhoso e sexualmente competente quando consegue fazer com que sua companheira tenha mais orgasmos – o prazer é pessoal e tem a ver com vaidade masculina”.

“O que resta à mulher bem-casada é o sonho de ser Dona Flor com seus dois maridos: ter um Vadinho para sentir-se mulher e viva e um Teodoro para manter-se bem-casada e morta para o mundo”.

“Seus amigos homens, de um modo geral, já foram devidamente afastados durante o período do namoro antes do casamento (...), suas amigas deverão passar pelo crivo de aceitação do seu marido e é claro que as mais liberadas ou as mais independentes serão rapidamente afastadas”.

“É importante notar que me refiro à imensa maioria de mulheres que se anulam com o casamento, embora hoje já exista um pequeno número de mulheres privilegiadas nos grandes centos do país que conseguem manter sua individualidadem sabe Deus a que preço”.


MORGADO, Belkis Frony. A solidão da Mulher bem-casada. Editora José Olympio, Rio de Janeiro, 1987.

segunda-feira, 15 de setembro de 2008

Neurose na balada


"Quantos rapazes interessantes, não? É, não mesmo... mas é o que tem. Gostei daqui... a música é um pouco alta, mas até aí música eletrônica é assim mesmo. Ok, é hoje! Vamos lá moça, sexy mode on! Peito pra fora, barriga pra dentro. Ande como se você fosse dona do lugar. Você é dona do lugar! Poxa, bem que eu poderia ser dona do lugar, com o tanto que eu paguei na entrada, vixe! Nem é consumível. Vamos lá, vamos lá, checagem: roupa,ok. Desodorante,ok. Decote, por pouco, mas ok. Papai já estava me empurrando uma blusa de gola alta quando viu o decote. Ah, mas não posso pensar em pai numa hora dessas! Encolhe a barriga! Legal mesmo é lembrar da minha mãe reclamando do comprimento da saia. Quando ela reclama é que tá bom. Se estiver muito longo ela fica quieta, e se estiver muito curto ela começa a rezar por mim.

Salto, ok. Depilação, ok. Manicure, ok. Maquiagem, o... oh droga! Por que sempre borra nos olhos?! Ok, deixa eu arranjar um espelho, essa coisa de ver o reflexo na latinha não é uma boa... opa, tem um no fundo do bar.

Aproveito e pego uma bebida. E... pronto! Tô a cara do Coringa! Ok, ok... seja racional. O importante é manter a coerência nas atitudes com a minha figura. Com esse olho borrado, é só fingir que tô bêbada! É isso! Opa, tem um vindo... barriga pra dentro, não vai relaxando que homem não gosta de mulher relaxada! E se equilibra no salto! Cool mode on.

-Oi, você me dá uma licença? Quero pedir no bar.

-Ah, claro!

Isso, sorriso controlado, ok... e já foi embora. Ufa. Será que ele percebeu que estou nervosa? Ah, mas ele volta. Essa desculpa de pegar bebida é velha. Vai dar certo. Ele nem é muito bonito, mas é o que tem, flor. É isso aí.

Opa, cadê a minha comanda?!


*Só uma coisa que passou pela minha cabeça quando descobri nos anúncios do metrô que mulheres gastam mais energia que os homens durante a conquista.*

domingo, 14 de setembro de 2008

Sindrome de Marilyn

"Não me falta homem, o que me falta é amor."

(Marilyn Monroe)

Eu diria que é a frase feita por mim que mais faz sentido hoje.

"O que se deixa pra trás não mais se recupera. Então viva, porque a vida não espera quando a boa vontade virá de você.. Porque a vida não se preocupa por quantos amores você ainda vai se perder.. Ela apenas quer ser percebida, valorizada.. A vida só quer passar pra dizer que uma pessoa por várias vezes foi amada.. A vida, a minha vida quer você! Não queremos nada perfeito, é preciso defeitos para verdadeiramente amar. Porque amar o esplendido não é difícil, é simplesmente comum. O que te faz especial não são somente suas qualidades, mas o lado oposto que você acredita não ser aceito. Pois vem viver direito! Deixe um defeito seu, um defeito meu encantar você!"

Autor desconhecido.
ps:se alguém souber por favor me digam*

sábado, 13 de setembro de 2008

Paixonites (você existe, eu sei)

A INTERPRETAÇÃO CRETINA da vez vem mais melosa do que de costume. Biquíni Cavadão, e uma música que fala sobre como acreditando que existe alguém pra nós, idealizamos, imaginamos e até nos apaixonamos antes de conhecer sequer o infeliz. Duvida?


Há tanto tempo venho procurando
Venho te chamando
Você existe, eu sei
Nos momentos de solidão que começamos a construir em nossas mentes a imagem da pessoa que gostaríamos de ter ao nosso lado. E juntamos aspectos da personalidade desejada com características físicas que consideramos agradáveis, nosso fetiches básicos, o estilão e tudo mais.

Em algum lugar do mundo você vive
Vive como eu
Onde eu ainda não fui
E aí, no ápice da neurose-carente-degenerativa pensamos onde essa pessoa mora, em qual buraco do mundo ela se esconde e por que é tão difícil achá-la.

Como é o seu rosto?
Qual é o gosto que eu nunca senti?
Qual é o seu telefone?
Qual é o nome que eu nunca chamei?
Eu não falei? Ó aí, ta imaginando o rosto, o gosto do beijo, quer o telefone, MSN e o nome pra botar no Google.

Se eu esbarrei na rua com você
E não te vi meu amor
Como poderia saber?
Já pensou se você deixou a pessoa escapar? Desviou os olhos dela, ignorou ou tava num dia enfezadinho e só viu um vulto? Essa é a fase da culpa-carente-degenerativa.

Tanta gente que eu conheci
Não me encontrei só me perdi
Amo o que eu não sei de você
Essa última frase “amo o que não sei de você” é sábia, coisa digna de mestre Yoda. A gente ama o que desconhece, o que é mistério, como diz um professor meu. A medida em que nos revelamos, nos arreganhamos emocionalmente, somos lugar-comum, conhecido, dominado, selado, carimbado se quiser voar... o interesse perde-se. O.k, mas também não viremos esfinges...

Como é o seu rosto?
Qual é o gosto que eu nunca senti?
Qual é o seu telefone?
Qual é o nome que eu nunca chamei?
Fala sério, se soubéssemos tudo isso seria tão fácil. Mas perderia a graça. Não teríamos envolvimentos sem nexo, amores Express, furadas emocionais nem mal de ex pra falar. Seria muito sem graça.

Sei que você pode estar me ouvindo
Ou pode até estar dormindo
Do acaso eu não sei
Pior é pensar que pode estar dormindo acompanhado. Ahhahahha. Ta foi tosca, não falo mais.

Talvez veja o futuro em seus olhos
Pelo seu jeito de me olhar,
Como reconhecerei você?
Eis o ponto crítico: como reconhecer a pessoa certa, aquela que tanto idealizamos, desejamos, tanto “amos”...? Como?
O problema é que cada envolvimento mais sério parece ser AQUELE. Que cada pessoa pela qual nos apaixonamos parece ser aquela em que vemos nosso futuro nos olhos.
Só me resta desejar a todo mundo que consiga, pelo menos uma vez na vida, isso. E que saiba reconhecer o mesmo caminho em outros olhos, e outros, e tantos quantos for necessário para que se encontre um onde a teimosia fale mais alto.



Ta meloso, mas é uma das músicas que eu mais gosto, poxa!

Você existe, eu sei – Biquíni Cavadão

Créditos:
http://letras.terra.com.br/biquini-cavadao/44610/

sexta-feira, 12 de setembro de 2008

Clicando o Mouse!! (Masturbação Feminina)

Como quase todas as explicações depois de um tempo se tornam retóricas (tema pra um post isso), o Andreas ficar se explicando porque de sempre ele postar temas relacionados a sexo também foge do contexto... hehehe em resumo, falemos de sexo, e mais especificamente, vamos falar da forma mais “primária” do sexo e ainda meio secreta dentro do mundo feminino, masturbação!!

A masturbação é vista como um despertar ao sexo e tende a ter início na adolescência (sim amigos psicólogos, sabemos que ela pode iniciar bem no começo da infância, porém ela tem um objetivo um pouco diferente e ela só se torna consciente do ato em si na adolescência mesmo) e seria como uma forma de auto-conhecimento, da afloração à sexualidade, dos princípios de satisfação sexual, de excitação e de gozo.

Sendo um ato a principio individual (o que não quer dizer que não possa ser feito depois com parceiro(s) (as)) ele tende a não ser agressivo à ninguém, ou seja, se é você tendo prazer consigo mesma, qual é o problema?

Não sei qual seria, porém ainda é muito estranho no meio feminino assumir publicamente o ato da masturbação, não fiz nenhum levantamento científico, mas sei que no mínimo a maioria das mulheres tem o costume de se masturbar e ao contrário dos homens, que isso é dito de forma até bem tranqüila, entre as mulheres surge aquela “tensão”, aquele sentimento de vergonha ante a possibilidade de falar que se masturbam... e eis que surge a questão do Andreas, qual é o mal que há nisso? É uma forma de obtenção de prazer, de alívio da libido, de perceber-se ainda sexualmente excitável e de uma “saúde sexual”, não precisando ter uma época da vida pra exercer tal atividade ou um momento especial para isso.

Ouvindo programas sobre o assunto (grande Sue Johanson), os especialistas acreditam que as mulheres que se masturbam têm maiores chances de obter satisfação sexual com o parceiro e de chegar ao orgasmo na atividade sexual, servindo assim como uma espécie de “aprendizagem preliminar” ao sexo. Creio que os homens também assim sejam, mas é mais difícil um homem que tenha um bloqueio quanto à masturbação...

Eu estava tentando evitar a piadinha, mas será inevitável no desfecho, então meninas, mãos à obra, dedos (chuveirinhos, instrumentos, vegetais e quaisquer que forem as formas) à postos, relaxem e gozem!

quinta-feira, 11 de setembro de 2008

Yes, nós temos clichês!

Eu quero, só por hoje, uma vida de clichês! Beijo na chuva, futebol com os amigos, acampamento no meio do mato! Quero nadar nua na cachoeira, jantar à luz de velas, ir ao cinema de sábado, com direito à pipoca e criança chorando. Quero ver que o assassino é o mordomo, e o herói matará o vilão, ficando com a mocinha indefesa. Quero reclamar do trabalho, comer chocolate na TPM, tarde de beleza e fofocas com as amigas com direito à roupão e touca nos cabelos.
Quero falar mal de homens, dizer que não vivemos sem eles, que estamos bem sozinhas e que vamos morrer solteironas. Quero dormir abraçadinha, encher o saco das meninas santinhas e de futuras amélias. Quero começar um novo empreendimento a partir de uma descoberta óbvia de petróleo no quintal de casa e ficar miionária.
Quero abraçar árvores, sexo na lua cheia, tirar fotos com cara de conteúdo, ir à praia pra ver o sol nascer. Dizer que ninguém me ama, que o bom mesmo é beber com as amigas, que quero é um amor pra vida toda.
Só hoje, eu quero tudo isso, agora. Por que clichê ou não, lugar comum ou o que for, é o que me faz feliz. É o que, com o meu jeitinho, sai do lugar comum e vira algo novo, algo meu. Essa é a felicidade da Marie hoje. Só por hoje. Por que nada mais clichê que acordar no dia seguinte e querer tudo novo, tudo diferente, em anarquia de sentimentos.
Só por hoje.

"De resto não é lirismo
Será contabilidade tabela de co-senos secretário do amante
exemplar com cem modelos de cartas e as diferentes
maneiras de agradar às mulheres, etc.

Quero antes o lirismo dos loucos
O lirismo dos bêbedos
O lirismo difícil e pungente dos bêbedos
O lirismo dos clowns de Shakespeare

- Não quero mais saber do lirismo que não é libertação."


Manuel Bandeira. Pois citar poesia é clichê total.

Ansiedade

Título simples pra um problema complexo. Nem sempre identificamos a sensação, a sensação que mal é sentida, mas que nos impulsiona a atitudes. E assim vivemos de ansiedade.
Esperamos o ônibus, o telefonema, a proposta de emprego e a banda passar. Esperamos. E justamente por termos que esperar começamos a gerar em nosso interior a tal da sensação. Nem sempre o que esperamos é algo concreto; às vezes só esperamos que o tempo passe bem rápido. Ás vezes só esperamos que alguma coisa, qualquer coisa aconteça. E assim, esfolamos o esmalte das unhas roendo-as, gastamos as tampas em compras, comemos desenfreadamente, fumamos cigarros e mais cigarros, olhamos mais e mais no relógio.
De onde vem? E por que nos tortura tanto? Por que tentamos nos acalmar com atos impensados e, nessas, fazemos muita besteira?!
Sei que alguns carinhas também sofrem desse mal, mas concebo a ansiedade como um problema predominantemente feminino. Temos vontade de que tudo aconteça, logo. O mais rápido possível.
Diz meu escritor preferido em O Tempo e o Vento, que as mulheres nasceram para esperar. Ao me deparar com tal fala, fiquei surpresa. Ora, nós não somos construtores da nossa própria história? Então por que raios haveríamos de esperar?
Hoje entendo o Erico. Nascemos justamente para aprender a esperar. A lidar melhor com isso, que tanto nos incomoda, que tanto nos transtorna.
Não existe uma receita mágica parar pararmos de sofrer desse mal que nos acomete; tampouco para nos livrarmos dele permanentemente. O que podemos fazer é nos distrairmos de formas saudáveis, moderando a fome, o vício, os impulsos; usando toooda essa energia para correr, escrever, desenhar, qualquer coisa; tentar fazer com que o “problema” gerador de ansiedade não ocupe todos os seus pensamentos e tempo.
O friozinho na barriga é o ponto gostoso e saudável disso, sofrimento já é outra coisa.

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QUASE FAMOSOS

Nosso querido Divã está aqui, ó, nessa lista de blogs femininos do Sintaliga.
Vale a pena conferir e cadastrar seu blog também!

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terça-feira, 9 de setembro de 2008

Todo blogueiro apanhou na escola

Todo blogueiro apanhou na escola. Sábia frase. Se não apanhou, foi pelo menos vítima de bullying (é, eu me inteirei no tema depois do TCC da minha mãe). Eu já fui, você também deve ter sido. Meu irmão era o cabeção (hoje carinhosamente chamado de nave-mãe); eu era a Mônica... bom, eu ainda sou a Mônica (baixinha, gordinha, dentuça), mas com um design arrojado, digamos.
Você deve estar se perguntando onde quero chegar com esse post maluco. Eu também.
Sabe aqueles filmes no qual a menina super aloprada na escola vira princesa, fica importante, rica, bonita e popular? Tem uma série assim: “O Diário da Princesa” é um exemplo.
Em “De repente...30!” ela fica uma adulta poderosa. Em “O Diário de Bridget Jones” ela é disputada por dois homens maravilhosos. Ela, que se sentia mocréia.
Nós nos sentimos mocréias muitos dias do ano, e às vezes somos alimentadas pela fábula de que um dia viraremos princesas... adultas poderosas...ou mocréias desejáveis.
A esculhambação com você começa na infância, com as brincadeiras familiares em relação às suas peculiaridades físicas ou temperamentais; bom, com família chata até o nome é motivo pra tirar sarro da criança. Depois seu karma é a escola: toda turma tem seu bode expiatório e substitutos em diversos graus para o coitado; é nesse ponto que vão se formar boa parte das suas neuras adolescentes. Criança é cruel com criança, tira sarro de tudo: do dente torto, do cabelo armado, do aparelho, pé grande, pé pequeno, de uma pinta no rosto! Quando você é adolescente, não basta a turma te detonando, você desenvolve uma ferrenha auto-crítica, agravada pelas estranhas mutações corporais. Com o passar dos anos, ou você vive pra “disfarçar” tais defeitos, ou aprende a conviver com eles. Também tem a opção recorrer à tecnologia ou, sonhar em virar princesa.
A gente sonha de vez em quando (ou de vez em muito), mas sonha. Que, num virar de ponteiros nossa vida mudará e viveremos uma comédia-romântica. Quem não sonha?
Os filmes fazem com que sonhemos mais intensamente, mas desde pequenas, nos contos-de-fadas, essa ilusão da princesa é transmitida.
Então, quando é o momento de desabrochar? De deixar de ser mocréia? De ter a vida transformada?
Sorry, queridas, isso nunca vai acontecer. Ninguém vai te dar o título de princesa, ninguém que não seja você mesma. A cada dia, você tem a possibilidade de ser a garota que espera ou a garota que faz. Tem todo direito de ter bad days de mocréia e vivê-los intensamente. E todo poder de escolha para viver momentos encantados, para optar pelos próximos passos, seja em um salto 15 ou rasteirinha.
O importante é não esperar que as mudanças sejam externas, mas sim, que partam de suas atitudes e de uma nova forma de se posicionar frente ao mundo. Perceber-se, acima de qualquer rótulo ou preconceito; de qualquer estigma, marca física ou complexo... perceber-se como pessoa que se transforma, e que, se transformando, transforma muitas coisas ao seu redor.

Meme pro Andreas


Andreas recebeu pela primeira vez um Meme pra ser respondido... Ele foi indicado pela minha queridíssima Mari e é claro que lhe responderei.

Há 10 anos:

- Eu estava começando a deixar o cabelo crescer
- Eu estudava numa classe que eu ficava isolado de todos os outros
- Eu jogava RPG todos os finais de semana
- Eu vi o Brasil perder a final pra França na comemoração do meu aniversário
- Eu perdi o Monster of Rock porque era muito novo

Há 5 anos:

- Eu estava terminando o colegial e o técnico em mecatrônica
- Começava minha fase de mudança e de deixar de ser tímido
- Estava na minha segunda decepção amorosa/platônica/adolescente
- Estava lendo muito livros e foi a época mais “produtiva” nesse sentido
- Já escrevia poesia e tinha vergonha de mostrar pras pessoas

Há 2 anos:

- Comecei a faculdade de Psicologia
- Ampliei demais meu círculo de amigos e meu contato humano
- Já estava trabalhando há um tempo
- Tive meu primeiro carro
- Já ia pros bares da vida e já tinha tomado alguns porres

Há 1 ano:

- Eu comecei a namorar
- Eu perdi a virgindade =O
- Comecei a me dar mais valor e melhorar minha auto-estima de rato de esgoto
- Troquei de carro
- Vivi momentos intensos de felicidade e de angustia

Ontem:

- Foi segunda-feira, semanas não costumam começar bem.
- Consegui ser sincero sobre mim mesmo com alguém especial
- Fiquei mal e me senti culpado, triste e chorei.
- Tive mais notícias ruins de amigos e não soube o que fazer
- mas no fim, eu consegui dormir tranqüilo

Hoje:

- Está frio e chuvoso
- Estou pensativo e reflexivo
- Tenho coisas pra fazer no serviço e na faculdade, mas não tenho vontade
- Gostaria muito de poder abraçar uma pessoa
- Quero assistir Dr. House de noite.

Amanhã:

- Vou trabalhar/ estudar como todos os dias
- Preciso por crédito no meu celular =P
- Tenho que apresentar o trabalho que estou com preguiça de resumir hoje
- Quero escrever para aliviar minha cabeça
- Vou ver o jogo da seleção

É muita cretinice não indicar ninguém?? Não sou bom com isso... mas quem quiser pode roubar e fazer, é legal!!!

Beijos
Andy

Apenas me apaixonei!


Como tudo o que acontece na vida um dia desses me apaixonei,

foi de repente, sem querer.

Num simples dia me peguei em um sonho, unicamente sem razão.

Desculpe este jeito de ser
de olhar você
sentir seu perfume no ar
e sonhar ver nas nuvens:
meu olhar
quando penso em ti desculpe;
desculpe meu descuidado ingênuo
atrapalhado e confuso
quando toco suas mãos
me sinto desnudo
enquanto trêmulo coração
fico engasgado e sem falas
posso sentir espanta
dome fugindo o chão desculpe;
desculpe se entendi errado
se fitei meus olhos nos seus
se fiquei atordoado
se suei quando falou comigo
se balbuciei seu nome
quando pensava estar sozinho desculpe; se deveras fosse digno de estar ao seu lado apenas se receber um olhar não fizesse estremecer minhas pernas sem coragem para dizer o que sinto e no crédito de saber que não minto retribuísse este sentimento bonito me fizesse a mulher mais feliz deste mundo não sentiria este peso profundo de ter que me desculpar pelo tímido medo de não saber me apaixonar.

Me desculpe! esse amor é impossível...

segunda-feira, 8 de setembro de 2008

EX-quizofrênicos

Ele é louco ou o que? Opa, opa, péra lá! E ela? Bebeu? Tem problemas na memória recente, demências degenerativas...????
Porque raios o Ex veio falar comigo? saudades? vontade de fazer picuinha? teve alguma regressão?

Sabe quando você não entende o motivo de uma pessoa vir falar com você depois de um fato marcante que determinou justamente o desenlace do vínculo?


Pois é, tem gente com esquizofrenia proposital a solta por aí... ex-namorados que esqueceram que tudo acabou (ou pior, que querem que você esqueça e ainda se sinta culpada pelo fim), amigos há muito perdidos pelo caminho (que deram motivo de sobra pro distanciamento, mas voltam e rebatem, querem lavar a roupa suja do nada, mesmo não tendo nem roupa pra lavar), familiares com os quais a gente quase se estapeia - porque não são só vocês que tem família normal não - e que voltam sorridentes, sorridentíssimos falando conosco como se NADA tivesse acontecido.
Como se nada tivesse acontecido. Mas aconteceu!O que há com essas pessoas?

Elas te ofendem, podem até ter te agredido ou sei lá, fizeram e desfizeram coisas conosco e simplesmente chega um dia que fazem aquela ligação descabida, mandam aquele convite pra adicionar no orkut, mandam um e-mail com msg fofa como se fossem amiguinhos de colegial, mas ei... você me mandou pra todos os lugares desagradáveis desse e do outro mundo e agora quer se fazer pra cima de mim?
O que faz um ex fazer questão de dizer que está namorando? Ou então te ligar só pra contar que vai casar O.o ... Provavelmente eles estão meio esquizo mesmo!

Anna O. está revoltada e receita: caso encontre um exemplar da peça citada acima, faça todos os exames para tirar a dúvida se ela não foi contemplada pelo velhinho alemão (Alzheimer) ou escuta vozes misteriosas (esquizofrenia) que controlam seus registros mnêmicos ou seus atos passados. Se o diagnóstico fugir muito disso, dê uma bica bem dada na canela. Ah, eles merecem!

Andreas complementa: Nada de ficar remoendo as coisas que ele disse, de se deixar abater ou ter aquele repente de saudade/culpa/qualquer sentimento... Fuja, como se sua vida dependesse disso... hehehe simplesmente passe reto desses Ex com patologias duvidosas, porque se ele esqueceu as tramóias feitas e ditas no passado, você não!

Por Anna O. e Andreas Ribeiro, correspondentes de guerras
existenciais.

domingo, 7 de setembro de 2008

Quanto vale um eu te amo?


É com essa pergunta que abro esse post. O que é um eu te amo? Na boca de um cafajeste, pode ser uma artimanha para levar moças incautas (e outras que só se fingem para dar logo pro rapaz) para a cama. Na boca de amigos, sinal de amor fraternal, palavras para preencher o vazio ou até, na sua forma mais banalizada, uma forma de chamar a atenção.

E quando pensamos em quem queremos bem? Será que o "eu te amo" tem tanta força quanto uma atitude de carinho? Quando penso que queria muito ouvir essa frase de alguém de que gosto, penso: Ok, se ele falar, o que eu vou fazer com essa frase? Falar para os amigos que "Ah, finalmente ele falou eu te amo?!" Quem sabe, se eu fosse uma menina mocinha (né Anna), eu anotaria no diário esse dia.

Mas como saber o que isso realmente vale? No final, nós mulheres queremos ouvir isso como uma validação de que estamos fazendo tudo certo, de que somos especiais e que, enfim, conquistamos o parceiro. Com três letrinhas, enfim conquistamos o ponto mais alto do relacionamento! "Agora que ele falou isso, eu posso baixar a guarda, me entregar, fazer planos..."

E quanto ao resto? Os gestos, minha gente, os gestos. Estou aprendendo que esses, mais que as três palavrinhas, sujeitas à banalização e ao mau uso por pessoas de má fé (cachorros, isso sim!), é que fazem o relacionamento rolar. É um beijo carinhoso no rosto, um abrir a porta na hora de sair de casa, um gesto, um olhar, uma brincadeira que é pura cumplicidade! É dividir idéias, discutir planos e coisas bobas, que só os enamorados sabem fazer. É pensar do nada na pessoa, curtir as borboletas no estômago quando espera o companheiro...

Enfim, quanto vale um "eu te amo" diante da imensidão do sentimento humano?

"E que seja eterno enquanto dure.."

sábado, 6 de setembro de 2008

Mocinha não faz...


Eu cresci ouvindo uma série de coisas que mocinha não faz. Mocinha não pinta as unhas dos pés de vermelho; mocinha não vai “mijar”, vai ao toillette; mocinha, bom, mocinha não arrota, não peita, mocinha não caga.
Um dia eu cansei de ser mocinha, e fui empinar pipa. E pulei o muro da escola, e abri o cadeado em dia de festa. Mocinha foi pro beleléu. Eu decidi que ser mocinha era muito sem graça.
Mais adiante, minha avó tentou me ensinar tricô... crochê, bordado, costura de botão, remendo de cueca e barra de calça. Disse que seria muito útil e coisa que toda mocinha deve saber, prá se garantir pro futuro.
Eu comecei a imaginar que tipo de futuro minha avó havia mentalizado. Coisa desesperadora pra uma menina, uma menininha, não uma mocinha. Mocinha era muito chato, mocinha tinha voz aguda e eu sempre fui mezzo-soprano. Não soprano, soprano é mocinha.
Quando fiz quinze anos, minha avó apareceu com um pacotão. Tirou alguma coisa com uma barra quadriculada, bordada... e eu, imaginando uma toalha, fiz bico ao me deparar com um caminho de mesa. Enorme, coisa de mesa real mesmo. Comecei a me imaginar de um lado da mesa, Barba Azul do outro.
- É pro seu enxoval!
Fui pro quarto.
Namorava um carinha. Quando a ala da família espanhola ligou, ouvi o comentário: “Anna? Anna esta com el novio” – namorado se chama “novio” em espanhol e o simples comentário me dava um frio na espinha. De pavor.
Daí pra frente ouvi que mocinha não tem mais de dois namorados na vida, que mocinha ajuda na cozinha e limpeza da casa, que mocinha só dá depois de casada e, se der antes, é porque tem certeza que vai casar com o sujeito. Mocinha não bebe nem fuma.
Nessa época, já tinha esquecido do molde de mocinha no qual tentavam me encaixar e eu escapulia. O problema é quando o molde é ditado por cada pessoa que cruza com você. Analisam toda sua figura, desesperados, em busca de vestígios de uma mocinha. Só lamento, mocinha is died. Non ecxizzzzzte!
Amigas não-mocinhas resolvem virar mocinhas, quase bonequinhas de prateleira. Mocinhas resolvem se rebelar e atear fogo às saias abaixo do joelho. Garotas que nunca foram mocinhas gargalham, sarcásticas e cheias de vodka.
Mocinhas se satisfazem ouvindo os feitos homéricos das amigas não-mocinhas.
Não-mocinhas também se realizam tendo amigas mocinhas! O sonho de meninice (há muito abandonado) é visto na pele da outra. Também serve pra vermos do que nos livramos! Hhahaahahahaahahahhah

sexta-feira, 5 de setembro de 2008

E se eu tiver saudade?

Em uma conversa com uma amiga, começamos a debater as vantagens e os percalços desse tipo de relacionamento que é considerado como o “relacionamento da época”, que é o famoso “ficar”.
Nós sabemos que a época do cortejo acabou, ser aprovado pelos pais antes de tomar a mão da moça, um beijo depois do baile e ter um compromisso firmado... na nossa época conhecemos, “chegamos” e ficamos! E eis que acontece algo legal, se não rola o interesse, é aquele dia, aquela noite e nunca mais (muitas usam a tática milenar de passar o número errado do celular, né Anna?) mas se rolou legal e quer algo mais, terá um segundo encontro...
Esse talvez seja um dos fenômenos mais interessantes e talvez angustiantes. Porque primeiro você diz que vai encontrar quem? Seu ficante? Seu amigo? Um conhecido?? E a pior parte está por vir, vocês se encontram, e agora como você vai cumprimentá-lo? Beijo no rosto ou um selinho? Muitos utilizam o famoso beijinho no canto da boca... outros viram o rosto apressadamente antes de algum problema e tem os casos que começam a falar e se distraírem sem ter que tomar uma “decisão”!!!
E então acabam ficando de novo e isso pode se estender, sair alguns fins de semana, balada, barzinho, cinema ou até uma noite ou outra no motel com o seu ficante.
Isso é muito legal, porque não tem compromisso, você pode pensar naquele carinha da sala que está te dando umas indiretas ou então no bonitinho que vai estar na balada junto com a sua amiga, você tem liberdade e confiança e ainda pode ter aquele ficante como uma saída, caso nenhum de seus compromissos dê certo, masssss como tudo na vida, tem um porém...

E se você tiver saudade do ficante? E se um dia depois que vocês saíram você quiser ligar só pra dar um “oi”? mandar uns sms bonitinhos ou um depoimentos no Orkut dizendo como tu ficou feliz (claro, scrap queimaria filme), e aí o que fazer? Ele não é seu namorado, vocês não tem compromisso, ele vai me achar uma chata? Grudenta? Será que estou me envolvendo demais? Ihhhhhh será que eu to querendo namorar? Ahhh não, eu adoro a minha liberdade!!! Mas e essa saudade que to sentindo?? Aiiii que dúvida, será que devo ligar? Acho que vou esperar uns 2 dias.... mas ele disse que não entraria no MSN, será que ele está me dando um gelo?? Acho que ele só está ocupado... Será que ele pensa em namorar também? Acho que eu estou viajando... Mas ele é tão legal... será que devo ligar?

E eis que surgem as dúvidas provenientes desse tipo de relacionamento... Se ligar 1 vez por mês pra sair, vou parecer interesseira... se marcarmos todo final de semana, vamos parecer namorados...

E assim se seguem as “ficadas”, que muitas vezes acabam por medo de “se envolver demais” e perde-se uma boa ficada ou um bom ficante porque você achou que ele poderia se envolver demais, mas as vezes não era o caso...

Portanto, por mais que esse seja um tipo de relacionamento atual para “resolver” essa situação de compromisso e tudo mais... como todo tipo de envolvimento entre pessoas, tem as suas complicações.

quinta-feira, 4 de setembro de 2008

Preliminares.... ui! (Meme e Mimo)

Estava eu assistindo a um documentário, mais precisamente à “Marcha dos Pingüins”, coisa que não recomendo pra ninguém, massssssss, como até das coisas chatas podemos tirar uma idéia boa, foi dessa película mesmo que surgiu o insight do post.
Pingüins tem preliminares. Sim, tem todo um ritual de galanteamento e envolvimento da fêmea, de “carinho”, de passar o bico um no outro, e esfregar bico, e coçar a barriga... inimaginável! O fato é que a cena dos pingüins se xavecando e se acariciando tomou uns dez minutos, tendo direito até a trilha sonora romântica!
E comecei a pensar com meus botões o quanto de “natural” há no ato das preliminares, o quanto é necessária e presente em vários animais, inclusive no homem.
Acontece que às vezes, minha cara, se você se comparar com os pingüins, eles andam no lucro. Muitos caras desconhecem o poder e a importância dos carinhos pré-sexo e no quanto caprichar nessa etapa pode favorecer a posterior. Sexo não é só o ato não, ô cambada, é o antes e é o depois também!
Muitas vezes, a oportunidade que a mulher tem de se sentir desejada e bonita é justamente nas preliminares! Isso pode ser tanto no caso de um casal que perdeu aquele costume de se agradar hmmm...constantemente quanto aquela pessoa que a gente sai numa noite só, e que, com tais atos, nos faz sentir alguém especial, nem que seja só naquele momento.
Alguns carinhas tem a fantasia que é só encostar o bilau na guria que pronto, ela já fica no esquema... peraí, pode até ser que isso ajude, mas não é tudo! Ainda que a mulher em questão nem tenha lá tanto carinho por você, naquele momento deve haver um envolvimento, que não é só dos genitais, mas coisa de pele, de exploração de zonas erógenas, um olhar mais pans e vamos aprender a explorar os sentidos, né? Vamos rememorar os rapazes de que as mãos tão usadas no Playstation podem ser mega-funcionais enquanto seu playground funciona; a língua é essencial, e beijos, mordidas, até o modo de esfregar ou passar (suave ou de uma forma mais selvagem eheheheheh) a pele um no outro faz parte do conjunto de coisas utilíssimas nessas horas. Pode-se até usar ingredientes pra sofisticar o momento, mas nada muito exótico que não tenha sido meio que combinado antes, pra não dar uma de doido e apavorar a garota; o gosto pra essas coisas é algo pouco generalizável, então só conversando com a criatura pra saber o que é legal de ser usado.
Acho que no quesito “preliminares” entra em questão uma coisa bem legal, quando os caras são caprichosos: arrumar o ambiente, criar um clima (eu sei, isso é coisa de namorado-do-mundo-das-idéias); mas como sua namorada não é só santa, vale também umas ousadias de vez em quando, em ambientes diferentes e situações incomuns. Mas tenha feeling (ou, não seja sem noção), saiba perceber até onde a ousadia vai. ;)
No geral, explorar bem as preliminares trás um resultado muito bom nos “finalmentes”; é aquela coisa, quanto mais você incentiva, treina, estimula, mais se aperfeiçoa, incita a pessoa a hmmmm.. se empenhar mais. Enfim, a coisa flui melhor se você seguir os sábios ensinamentos da mãe Natureza!
Seja um homem-pinguim!

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Meme

Recebido da Lekkerding, do S2 Engine e respondidíssimo por mim:

Meme: responder as seguintes perguntas:
Am I miserable?
Am I a kind of loner?
Am I blue?
Am I unsatisfied?

Repassar pra 4 pessoas.


Am I blue?
Acho que entre The Cure e Teletubies eu fico mais pra The Cure. Sou levemente melancólica, adoro um drama, uma tragédia, é assim até nos filmes que escolho! Escrevo poemas, e a maioria deles é meio blue sim... é um modo de se enxergar o mundo; sem tantas lentes coloridas, mas também sem tanta névoa.

Am I miserable?
Daí eu já acho que não exagero. Quando suponho estar perdida, mais desmoronada que o Pathernon, surge lá uma pulsão de vida e eu começo a agitar as coisas, a querer reverter a situação, porque, por mais realista que tente ser, busco caminhos diferentes, tento enxergar as coisas de um modo amplo. É contraditório, mas o que a gente é se não contradição?!

Am I a kind of loner?
Gosto de ficar sozinha, de ter meus momentos de isolamento, de me curtir; às vezes troco isso pela companhia de outras pessoas, mas só quando realmente vale a pena. Quando não compensa, não fico tentando “fazer um social”, vou pro meu canto que lá me entendo. Apesar disso, gosto muuuuito de estar perto de algumas (poucas) pessoas, importantíssimas pra mim.


Am I unsatisfied?
Se não formos insatisfeitos, caímos no conformismo, e conformismo não combina comigo. Sou eternamente insatisfeita, porque sempre busco dar um passo além, dar cor e movimento pras coisas e pra vida. O inconformismo, de uma certa forma, nos move.

*adorei responder e repasso para: Mariana Valente, Xu, Garota em movimento e Drêycka

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Mimo




Muchas gracias à Bem Resolvida pelo mimo! Amamos!
Repassando para: O Complexo de Carrie e Garotas de Vinte e Poucos
Com todo carinho =)