sexta-feira, 14 de maio de 2010

Tô de greve!

Manifesto da greve de 14 de maio, por tempo indeterminado.


Chega, cansei! To de greve! Greve da vida, só volto a viver com melhores condições de trabalho! Minhas reivindicações são simples e buscam uma melhor qualidade de vida. Tenho mais o que fazer que apenas sobreviver. Minhas reivindicações estão abaixo, sem negociação

- Menor jornada de obrigações: Como viver direito se temos que cumprir uma série de obrigações o dia todo? é trabalho, faculdade, exigência da família, fazer isso, aquilo, favor pra amiga?! Assim não pode, assim não dá! Quanto mais se cumpre, mais resta a cumprir!
- Melhor ambiente de trabalho:
-além do monte de obrigações, a companhia para fazer o serviço é fundamental. Sugiro mudança das pessoas do ambiente da vida, com menos pessoas folgadas, falsas amigas e que relutam em usar desodorante durante a jornada diurna, além daquelas que falam pegando em você.... bah!!!! ;
-melhor decoração do trabalho: chega daquelas paredes descascando e divisórias amareladas! Usem uma textura, pendurem um quadro, peloamordedeus! O banheiro-cubículo de escritórios, consultórios e afins sufoca mais que mãe judia.
- Aumento de benefícios: Nõa há benefícios em se viver essa vida de agora, sério. Exigimos vale transporte, vale refeição, vale cinema, vale jantar-a-dois-com-namorado, vale-bar-com-amigas, vale motel, vale táxi-para-dias-chuvosos, vale roupa nova...
- A atual condiçaõ da vida é cheia de burocracias, exigimos a dinamização dos processos e menos relatórios para todas as pessoas que se acham no direito de saber da nossa vida.
- A assitência de saúde também anda precária. Chocolates para tpm, remédio para dor de cabeça e para cólicas além de absorventes deveriam ser sempre de fácil acesso e subsidiados pelo governo.
- Justiça nas relações: os términos de transações com os rolos deveriam ser justas, cada um com o mesmo nível de dano e sofrimento, sem falatórios. Liberdade para ir e vir, amizades que dão o mesmo tanto que recebem. Nada de exploração da minha boa vontade, que já não anda muito!
- Férias remuneradas: tirar férias da minha vida é algo extremamente saudável. POr que não posso viajar, relaxar, ser outra pessoa de vez em quando? Andar por aí pelo menos um dia sem cara de "só tenho o passe de busão pra casa"?

Acredito que com dotas as reivindicações sendo atendidas terei maior produtividade, uma paciência maior e uma pele mais bonita.


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Ps: o companheiro Andreas se uniu ao movimento e exige um pato e uma bola.

terça-feira, 11 de maio de 2010

LEITURAS: Superfreakonomics

Eu terminei de ler um livro semana passada, o Superfreakonomics. Pra quem não conhece é um livro de um economista chamado Steven Lewitt e um jornalista, Stephen J. Dubner que usam as ferramentas da economia para responder questões do nosso dia a dia. Eles escreveram um outro livro antes desse, o Freakonomics, que deu um rebuliço enorme por provar estatísticamente como um dos efeitos não esperados do aborto nos Estados Unidos foi a queda da criminalidade. Ainda não empolgou? Pois saiba que esse livro é espirituoso e super bem escrito, com palavras acessíveis (nada de economês chato que serve só pra enrolar) e a hipótes deles é a mais legal: As pessoas agem por incentivos.

Ok, óbvio, os seres humanos são como ratinhos: coloquem um pedaço de queijo e eles aprendem o que você quiser que aprendam, dê um choque e eles te morderão cada vez que você chegar perto. A grande questão com humanos é a identificação de quais incentivos estão envolvidos no conjunto de forças! por exemplo: se eu te der um chocolate, você vai pegar. E se ele estiver à 100 metros de você? E se você tiver que pegar um ônibus pra achar o chocolate? Depende de como anda a preguiça, a vontade e a TPM, você pode tomar atitudes diferentes nesse aspecto. Nesse livro há a diferença entre a vida profissional de homens e mulheres em relação a salário e a competência, inclusive há relatos de pessoas que mudaram de sexo. As mulheres que viraram homens foram consideradas "mais inteligentes e competentes" depois da cirurga, enquanto o efeito contrário acontecia nos homens que viraram mulheres. Fantástico!

E pra provar ainda mais como o Divã tem tudo a ver com esse livro, existe também a prova da correlação entre a televisão e a melhor qualidade de vida das mulheres na Índia. A televisão faz com que as mulheres tenham menor fertilidade, que não aceitem tão facilmente a violência doméstica e busque um emprego fora de casa, como as moças das novelas. O Divã, ligado em tudo o que tem a ver com o universo feminino, aprova essa leitura!

É curioso ver como nesse livro o universo feminino foi abordado. Bem, não vou ficar mais enchendo linguiça, leiam e me contem sobre o que acharam. Dá um bom debate os livros desses autores!

Outros assuntos interessantes nos livros:

-Por que os traficantes ainda vivem com as mães?
-O que as prostitutas têm a ver com papai noel de shopping?
-O que os professores e os lutadores de sumô tem em comum?

quinta-feira, 6 de maio de 2010

O tal (presente) do dia das mães

Dia das mães tá chegando e todo ano é aquela cooouuusaaaa: comercial das Casas Bahia, Ponto Frio, blá blá blá... você pensando em comprar uma simplória blusinha pra sua veia enquanto ela sonha com um celular com nome de comida (no outro ano era Chocolate, agora Cookie, onde isso vai parar?!) cujo manual nunca será lido em vida. Há também os sonhos de consumo dos pais e mães, que englobam os lançamentos do Polishop, acoplados no inconsciente de sua genitora enquanto ela cochila no sofá com a TV ligada. De George Foremam ao Super Juicer hauahauahauahaua
O.k., os dois caminhos são: pergunte o que ela quer e prepare-se pra uma facada ouuuuu compre uma blusinha e seja feliz.
Você pergunta:
- Mãããe, o que você quer ganhar?
- Naaaaaada... não precisa de nadaaaaa... você vai gastar seu dinheiro comigo? Não precisa, você tem que guardar dinheiro pro seu futuro... você gasta muito, ainda compra com cartão e paga juros, paga o dobro com os juros e.... (yada, yada, yada)
Agora, experimente aparecer sem presente. Tente, só uma vez. Você ouvirá até o juízo final. Ou sentirá, porque quando mãe não fala, alfineta.
Cientes disso, fornecemos o tal presente à mãe. Quase sempre uma roupa que não serve e ela troca, que ela não gostou e troca que gostou, mas queria diferente e... troca.
Dar utensílios domésticos é a coisa mais arriscada do mundo, porque você nunca sabe se sua mãe anda numa vibe modernete e tratará com desprezo panelas, frigideiras, jogos de prato e coisas afim. Ela pode (justamente) dizer que aquilo não é presente pra ela, mas pra casa, e você fica com cara de pastel.
Ao aparecer com o presente, o discurso do “não precisaaaaava! Você ta gastando comigo e ...” se repete. Você escuta, discorda, dá o abraço e ela abre cuidadosamente o embrulho pra aproveitar o papel de presente.
O fato é que agradar plenamente uma mãe é a coisa mais impossível do mundo... você pode acertar uma porcentaaaagem e tals, mas sempre vai ter uma reclamaçãozinha, um fio puxado de roupa, um jogo de sobremesa tomado como inútil, uma viagem pra um lugar que não era o que ela realmente queria, um jantar indigesto no restaurante caro.