terça-feira, 28 de setembro de 2010

A Saga de uma Dieta - parte III

Como dito no post anterior, eu tive um frustrante retorno ao endocrinologista. Depois de 35 dias e noites de comidas light e integrais, eu não havia emagrecido nadaaaaaaaaaaaaaaa! Entretanto, saí de lá determinada a persistir na dieta.
O foda é que no dia seguinte a galera quis saber o que tinha dado lá no doctor: "E aí, Anna, emagreceu quantos quilos?" e eu tomei coragem de assumir "Nenhum". Simples. Não vou sair contando vantagem, nem mentir e muito menos sentir vergonha. Eu fiz a minha parte. E dando ou não certo, participei ativamente disso.
Mandei fazer a nova fórmula, continuei com a dieta de 1.200 calorias (eu sei, até que é bastante) e prometi: eu não passaria mais vontade das coisas. Porque passar vontade é diferente de ter limites e era nessa linha tênue (bom, nem tão tênue assim) que eu tombava. Então rolou o seguinte, joguei limpo com o médico e contei que eu curto tomar umas biritas às vezes, se isso é conciliável com a medicação e sim, é. Então eu bebi, phyna, nada de cair na calçada, mas bebi lindamente contando as calorias. Outro dia rolou uma vontade de trufa, ápice da TPM e TCC empacado... não resisti. Mas seria só uma mordida e o resto eu jogaria fora. Eis que surge o Andreas no corredor na faculdade pra levar pra longe o restante da trufa. Amém. Eu como um pouquinho só, não me privo mas também não exagero.
Essas coisas tem me feito bem, meu humor não tá mais tããão amargo como no início da dieta, eu sei que posso comer só um pouquinho e ainda pratico o socialismo alimentar dividindo tudo com meus esformeados colegas.
Uma coisa bem legal e motivadora nesses tempos foi a descoberta de que diversas blogueiras publicam suas sagas de dietas diariamente. É legal ler os erros, acertos, recaídas, vontades e metas. Acho que assim paramos de pensar fixamente num número, num ideal de peso e enxergamos pessoas. E enxergar essa pessoa com carências, vontades, lacunas, desejos e falhas em si é fundamental.

Eu recomendo:


terça-feira, 21 de setembro de 2010

A Saga de uma Dieta - parte II

Quando você começa uma dieta as comidas deliciosas e mega calóricas não desaparecem milagrosamente do mundo. Seria muito bom se isso acontecessesse, mas não acontece. Os sonhos de padaria continuam existindo, o chocolate continua sendo gostoso e tentador, as embalagens de doce continuam mega coloridas, chamativas e até algumas das suas comidas favoritas entram em promoção. Ah, as massas também continuam a habitar o mundo, bem como as comidas de vó, as pizzas de borda recheada e as churrascadas de final de semana. Parece que acontece o oposto: elas estão mais notáveis do que nunca, você mais convidado para aniversários cheios de quitutes, orgias alimentares com amigos somalis, bebedeiras acompanhadas de petiscos e macarronadas dominicais. Percebi então que a dieta exige, no mínimo, um pouco de boa vontade, empenho, determinação e esforço, muito esforço.
Minha dieta começou meio que a força. Jamaaaaaaais eu abriria mão de tantas maravilhas calóricas, comeria tantas folhas, leguminosas e coisas saudáveis se não fosse dessa forma. Mas eu precisava de um limite, e assim foi feito.

No começo foi difícil almoçar três colheres de arroz, um monte de salada e um franguinho grelhado. Eu sentia uma fome constante, um vazio de comida que me deixou profundamente irritada. Mas aí eu comecei a ver o que a dieta do papel me oferecia de sugestões, substituições e busquei inovar pra não enjoar. Experimentei de tudo e tentei romper com preconceitos adquiridos contra alguns alimentos. Comprei as sugeridas barrinhas de cereal (que antes eu achava que tinham gosto de alpiste), sucos a base de soja, polenguinho light (e eu sempre achei que o light não tinha gosto de nada), cookies integrais e uma porrada de folhas.
Experimentando esses produtos, mudei muitas daquelas concepções e descobri, por exemplo, que algumas barrinhas tem gosto de chocolate de verdade, não grudam nos dentes mas exigem bastante mastigadas. Em contrapartida, descobri que o cream cheese continua azedo e que arroz integral é coisa de gente masoquista.

A coisa foi indo, e funcionando (oooh!). Percebi pequenas conquistas, como o fato de não ser atormentada diariamente pelas minhas crises de gastrite. Sim, eu me libertei das doses diárias de Ranitidina! Outra coisa muito boa foi uma regulada intensa no intestino, que sempre foi preso, preguiçoso e teimoso. Daí até rolou um bem-estar e uma folguinha nas calças!

Sobre a medicação, não deu reação nenhuma. Tirando o fato de remédios de manipulação serem os olhos da cara, não tenho nenhuma queixa a ser adicionada aqui. Até gostei da dinâmica do médico de não enfiar fluoxetina nem nenhum psicotrópico na fórmula.

Pois bem, 35 dias após o início da dieta, retornei ao doctor. Me pesei. Expectativa a mil. E.... NADA! Isso mesmo, nem um quilo maldito saiu dos meus glúteos, culotes (ou qualquer outra parte do corpo que os comerciais de academia chamam por nomes estranhos que sempre me fazem pensar num boi beeeem gordo). Decepção, né? Taaaanto esforço, taaanta provação/privação pra NADA?

Antes que eu desse uma de regredida e começasse a chorar, o doctor disse pra eu ir com calma. Essas coisas levam tempo, cada organismo trabalha num ritmo e tudo mais. Ele mudou umas coisas no remédio (ainda seguindo a corrente natureba) e pediu que eu retornasse em 35 dias.

Saindo de lá, pensei: essa é a hora mais propícia pra desistir. Mas decidi continuar...


(continua no próximo capítulo...)



sexta-feira, 3 de setembro de 2010

Me aguardem na minha próxima encarnação!!!


Ficar o fim da tarde em casa de bobeira é pedir pra eu ficar enterrada no sofá. Ainda mais com o tentador aparelho de hidromassagem da minha mãe que eu tiiive que testar (um barato gente!). Pois foi nessa posição derretida no sofá com meus pézinhos massageados que resolvi ver um pedaço da novela. Eis que um dos personagens (nem sei qual) começou a falar que antes de a gente encarnar de novo, a gente escolhe como seremos e quais sofrimentos vamos passar, inclusive, reencarnamos sempre com as mesmas pessoas que conhecemos em outras vidas. Ok, cada um acredita no que quer, espiritismo, catolicismo, santo daime, sei lá. Só que eu estava pensando que, se eu posso escolher, por que eu não escolhi melhor, pelamordedeus?!
Acho que só posso culpar eu mesmo por ter chefes cretinos e por nascer em uma família em que todo mundo é gordinho. Na minha próxima reencarnação, ah, vocês vão ver! Quero ver como é ter o maldito metabolismo rápido que as modelos falam e pra mim é que nem acreditar em unicórnio. Ser um pau de vira tripa comendo batata frita, não engordar com posts de pão de mel, essas coisas. Hoje eu fiz (de novo) minha inscrição na academia. É um conceito diferente, só para mulheres, que eu acredito que vá funcionar pois eu temo muito mais os olhares das mulheres que nos homens, que nem ligam ao ver uma mulher panetone (sabe, aquela que é magrinha mas fica com umas banhas pra fora da calça quando senta). Fora que o negócio diz que dá efeito em meia hora por dia! Pra mim já dei efeito: tive uma queda de pressão que me deixou deitada com os pés pra cima na academia. Chiquéérrimo! Acho que estou me enganando novamente, mas fica como resolução para a próxima reencarnação: mantenha os amigos, perca os quilinhos!!!
Se eu puder ser mais chata e adicionar mais alguns pedidos pra me lembrar na próxima encarnação, quero ter o poder de excluir definitivamente algumas pessoas da minha vida, e da vida de minhas amigas. Se não estiver pedindo demais...


Beijos da Marie!!